Você já conhece o Legal Hackers?

O que é um hacker?

 

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o termo hacker designa um “indivíduo obcecado por computadores e programas” – segundo o dicionário Houaiss -, ou seja, diferentemente do que foi difundido pela cultura popular, essa palavra não está necessariamente associada a atividades ilícitas. Na língua inglesa, o sentido da palavra hacker indica alguém que usa seu conhecimento para resolver um problema.

 

Como tudo começou

 

O movimento nasceu em 2012, no Blooklyn (NY), como forma de pressionar o Congresso a rejeitar propostas legislativas que ameaçavam a liberdade na internet. Estudantes da Brooklyn Law Incubator & Policy (BLIP) e seu professor, Jonathan Askin, procuraram responder a uma pergunta incômoda: “como os advogados podem alavancar as ferramentas e o espírito aberto e colaborativo da comunidade de tecnologia para antecipar e resolver problemas de leis e políticas?”

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Bom, para responder a tal pergunta os alunos organizaram o primeiro Legal Hackathon. Em razão de seu sucesso, os estudantes e amigos formaram um encontro chamado NY Legal Hackers e a partir daí surgiram novos capítulos a fim de discutir direito e tecnologia.

 

Não entendeu o que é um “capítulo”? Sem problemas. Cada cidade que decide abrigar o movimento inaugura um novo capítulo. O primeiro capítulo brasileiro do Legal Hackers foi instaurado em setembro de 2017, em Natal (RN). Em seguida, foi a vez de São Paulo.

 

Ainda dentro desses capítulos, é possível ter grupos de estudos, conforme me explicou Patricia Moino, cofundadora do Legal Hackers Mackenzie, “os grupos de estudos não são capítulos, são alunos que através do capítulo se propõem a debater o tema direito & tecnologia nas universidades”.

 

Hoje, o Legal Hackers está em mais de 130 cidades, em 6 continentes. O movimento, de base global, é formado por designers, empreendedores, advogados, pesquisadores, estudantes, professores e tecnólogos.

 

Objetivos

 

Os Legal Hackers promovem o hacking legal, isto é, o processo de desenvolvimento de soluções criativas para problemas na interseção entre lei e tecnologia. Como o professor Askin afirmou em 2012:

 

“O objetivo [do hackeamento legal] é transformar e desenvolver a lei, por um lado, para melhor atender tecnólogos, empresas e sociedade, mas também aproveitar a tecnologia para que os advogados possam atender melhor seus clientes”.

 

Cada capítulo do Legal Hackers promove alguns eventos, como: reuniões informais, palestras, oficinas, hackathons etc.

 

Em 2019, tive a oportunidade de participar de dois hackathons, sendo o primeiro na Future Law, onde fui mentorado pela Camila Riojas, do Legal Hackers SP e o segundo na AASP, oportunidade em que recebi mentoria do Victor Scarpa, um dos responsáveis por inaugurar o capítulo em Natal (RN).

 

Eaí, curtiu a proposta do movimento?

 

Como fazer parte

 

Em primeiro lugar, você pode consultar se sua cidade possui algum capítulo. Se você for da cidade de São Paulo, pode se inscrever abaixo. Algumas universidades, como o Mackenzie e a São Judas, possuem grupos de estudos com objetivo de debater direito e tecnologia nas universidades.

 

Inscreva-se clicando aqui.

Legal Hackers São Paulo (SP) – clique aqui e acesse o Instagram

Legal Hackers Mackenzie (SP) – clique aqui e acesse o Instagram.

Legal Hackers São Judas (SP) – clique aqui e acesse o Instagram.

 

Você pode encontrar outros capítulos do Legal Hackers em todo o Brasil; porém, caso não encontre uma comunidade perto de você, é possível trazer um capítulo para sua cidade e região após preencher o formulário disponível aqui.

Foto_Thiago Martins
thiago@ramojuridico.com

Por Thiago Martins

 

Fundador do Ramo Jurídico e graduando em Direito.